A grande maioria das casas de análise estão desqualificando os ativos digitais como verdadeiras oportunidades de investimento. As casas que estão de fato buscando crescer neste espaço são aquelas que exploram o sensacionalismo de lucros absurdos no curto prazo. Entretanto, grandes lucros no curto prazo não vêm sem um imenso risco. Existe uma incrível oportunidade no mundo dos ativos digitais para investidores que buscam risco e oportunidade, mas esta deve ser explorada da maneira correta.
A construção do mundo dos ativos digitais como efetivo investimento em pequenas empresas é algo que deve ser construído vagarosamente e com muita precisão. Para tanto, é necessário desenvolver modelos sistematizados de avaliação das equipes, projetos, tokenomics, entre outros diversos aspectos. Aspectos estes que são muito conhecidos pelos Venture Capitals (VC), mas ainda longe da realidade do investidor privado. Além dos indicadores mais tradicionais utilizados para avaliar startups, temos também as características especificas do mundo de cripto como o tokenomics, e a governança.
Nós da SB compreendemos o mundo de cripto como um mar de oportunidades que está prontinho para ser “surfado”. Evidente que o risco da grande maioria destes investimentos é altíssimo, mas com uma ampla e concreta compreensão da relação custo/beneficio, os investimentos são extremamente atrativos.
Para compreender o momento atual do mercado de ativos digitais, basta fazer um paralelo com o início do mercado acionário convencional. Inicialmente, existiam apenas bancos (ou indivíduos que agiam como tal) para financiar as empresas, além, é claro, dos próprios sócios. Visando dividir os riscos das grandes navegações promovidas pelo império britânico no século 16, os ingleses começaram a experimentar com sociedades anônimas. Inicialmente não havia um mercado institucionalizado para comprar ou vender sua parte da companhia, ou seja, cada investidor estava preso ao seu investimento até o final, sem qualquer liquidez. Foi apenas no início do século 17 com a criação da Companhia Holandesa das Índias Orientais, que as ações começaram a ser negociadas em mercado secundário, gerando alguma liquidez para seus detentores.
O mercado acionário foi lentamente se desenvolvendo, mas atingiu seu próximo passo quando finalmente vieram as regulações. Foi através destas que o mercado acionário deixou de ser um “nicho de aventureiros”, passando a atingir o público mais amplo. Essas leis foram feitas para proteger os investidores de títulos sem valor emitidos por empresas e pumped por promotores. São leis básicas de divulgação que exigem que uma empresa forneça um prospecto no qual os promotores (vendedores/emissores) declarem quanto estão recebendo e por quê (as Blue Sky Laws ainda estão em vigor hoje). Então, o investidor é deixado para decidir se quer comprar. Embora essa divulgação tenha sido útil para os investidores, não havia leis para impedir que os emissores vendessem títulos com condições injustas, desde que "informassem" os potenciais investidores sobre isso. Foi apenas com o passar de diversos séculos que o mercado acionário se consolidou como um importante, e relativamente justo, instrumento de precificação dos ativos.
Nos ativos digitais nós vemos exatamente o mesmo percurso sendo percorrido, mesmo que de forma mais acelerada. Estamos em um espaço desregulado, onde algumas empresas sérias tentam usufruir das facilidades viabilizadas pela tecnologia de blockchain, enquanto muitos vigaristas tentam explorar os mais vulneráveis. Este é um espaço extremamente promissor, onde devemos aprender com o passado, melhorando o acesso público as informações, educando os participantes do mercado e, principalmente, promovendo regulações do setor.
Acesse e acompanhe-nos nessa jornada: https://www.sbcrypto.com.br/
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